XVIe Journée de Formation

XVIe Journée de Formation - 27 avril 2018

Enseignement-apprentissage du FLE et enjeux du plurilinguisme: réflexions pour un renouvèlement des pratiques

       Dans sa XVIe édition, la Journée de Formation sera consacrée à un débat important : quelle est la place des autres langues dans l’enseignement-apprentissage de la langue française ? En effet, depuis les années 90 le débat autour du plurilinguisme s’est intensifié et aujourd’hui on envisage la construction de liens entre la didactique du français et des autres langues. Comme le signale Bertucci (2007), deux objectifs orientent la discussion entre l’enseignement du français et le plurilinguisme : « d’abord l’évolution de la didactique du français vers la complémentarité avec d’autres langues pour aider les locuteurs à construire des répertoires plurilingues ; ensuite une réflexion sur les méthodes et les outils didactiques ainsi que sur la formation des enseignants qui devient nécessaire pour rendre possible un tel enseignement-apprentissage. » (Bertucci, 2007, p. 55)

        La question du plurilinguisme est d’autant plus actuelle qu’elle vient d’être l’objet d’une défense officielle du Président de la République française, lors de la fête de la francophonie en 2018 : pour lui, la défense de la francophonie va de pair avec la défense du plurilinguisme. Désir politique ou réalité amplifiée par la dilution des frontières, soit par le raccourcissement des distances physiques, soit par les nouveaux rapprochements possibles à travers les technologies, les contacts entre les langues et les cultures sont inévitables et de plus en plus fréquents de nos jours.

       Cette perspective renouvelle les connaissances et les pratiques autour de l’enseignement-apprentissage du français, car « il ne s’agit absolument pas de maîtriser parfaitement de nombreuses langues, mais de tirer parti de toutes les ressources diversifiées d’un répertoire pluriel, composé de capacités et de connaissances déséquilibrées et partielles, afin de pouvoir s’insérer, linguistiquement et culturellement, dans une pluralité de situations » (Moore & Castellotti, 2008, p. 18).

        Voilà quelques raisons qui expliquent la thématique de la XVIe Journée de Formation : la nécessité de prendre sérieusement en compte la réalité du plurilinguisme auquel nous sommes exposés dans notre société. La conférence d’ouverture, la bibliographie suggérée, quelques interventions et surtout votre participation aideront à nourrir ce débat.

Consultez les titres, intervenants et résumés des ateliers et conférence à https://journeecursoextra.blogspot.com.br/ 

 

(APPEL À COMMUNICATIONS - Activité de 9 minutes) 

Pour notre XVIe Journée de Formation, nous vous invitons à montrer vos talents!

Lors de cette XVIe Journée de Formation, vous pourrez présenter une activité de 9 minutes. Pour ce faire, envoyez un titre et un résumé de 50 à 100 mots au maximum, contenant: un titre, un énoncé clair et explicite de la problématique examinée et de l’expérience pratique.
 
Indiquez également votre nom, institution à laquelle vous êtes rattaché(e).
 
Pour d'autres informations, écrivez à: pratiquesetreflexions@gmail.com

Venez nombreux !

INSCRIPTIONS :
Inscriptions ouvertes jusqu'au 25 avril
Pour vous inscrire, entrez sur le formulaire disponible sur le site: https://journeecursoextra.blogspot.com.br/ 

Le paiement de votre inscription doit être fait par virement bancaire ou sur place à la Monitoria do Francês (sala 20, Prédio de Letras).
Pour confirmer votre inscription, envoyez votre justificatif de virement à notre e-mail, ainsi que des informations sur le type d'inscription.

- Enseignants et public en général: R$ 90,00
- Etudiants au master et au doctorat: R$ 80,00
- Etudiants de la licence et enseignants du réseau public: R$ 60,00

ATTENTION: Le 27 avril, tous les paiements doivent être faits sur place et en espèces. Les prix seront majorés de R$ 20,00.

LIEU DE RÉALISATION :

Faculté de Lettres - USP
Av. Professor Luciano Gualberto, 403 - Butantã, São Paulo

Conferência - La littératie, une vision élargie du savoir lire-écrire

Olivier Dezutter - Université de Sherbrooke

5 de março, às 16h30. Sala 266 do prédio de Letras da USP
 
Para se inscrever, é necessário enviar um e-mail com o nome completo para monitoriadofrances@gmail.com
 

Dans cette conférence, il sera question de présenter une vision plus large du « savoir lire-écrire », différente de celle qui a été traditionnellement développée à l’école, plus dynamique et influencée par de nouvelles pratiques sociales et médiatiques.

 

Curso - Multimodalidade e Interacionismo Sociodiscursivo: considerações teóricas e metodológicas

Multimodalidade e Interacionismo Sociodiscursivo: considerações teóricas e metodológicas
Audria Albuquerque Leal - Pós-doutoranda em Linguística na Universidade Nova de Lisboa
15 e 16 de março, das 14h às 17h30. Sala 262 do prédio de Letras da USP.
 
Para se inscrever, é necessário enviar um e-mail com o nome completo para monitoriadofrances@gmail.com
 

Chamada Revista Criação & Crítica n. 21

O Tabu das letras: entre o ético e o estético, a crítica do literário
 
Faz sentido falar de ética na literatura hoje? Ou seria mesmo possível fazê-lo sem resvalar para o fosso comum da crítica moralista, que reduz a provocação estética a certo arcabouço moral, para o papel edificador do literário à responsabilidade do escritor? A ouvidos sensíveis, a ideia conjura fantasmas. E eles surgem sempre que a palavra ética se justapõe ao literário em qualquer sentença (e, aqui, o sentido da palavra é duplo). Mas se o incômodo existe, é porque se escondem, no tema-tabu, continuidade e ruptura – um aparente paradoxo que demanda reflexão. No embate do ético e do estético estará a crítica do fazer literário.
 
Já em Platão e Aristóteles, a ideia do bom e do bem se confundiam, de forma distinta, com a narrativa e sua relação com o mundo. Bem depois do Schiller das Cartas sobre a educação estética da humanidade e do moralismo romântico inglês, Sartre viu no escritor engajado um agente de mudança no mundo. Até que a crença estruturalista e pós-estruturalista fizesse da autonomia absoluta do literário a pá de cal de qualquer intrusão ética na estética (bastião hoje esquecido, posto que geralmente aceito). Ainda assim, entre o estético e algo que só se pode chamar de ético, existe um debate eterno que preenche prefácios, biografias, críticas na imprensa e, cada vez mais, o corpo dos próprios romances.
 
Como mostrou Liesbeth Korthals Altes na edição da revista Études Littéraires consagrada ao tema, em 1999, a própria noção de ética foi desvalorizada com a ascensão das minorias ao lugar da voz que trata sua própria experiência. Ela remeteria ao universo humanista, perdido com o papel definido da literatura em melhorar o homem. O sujeito foi desconstruído, multiplicado. Verdade, razão, responsabilidade: tais conceitos que viraram miragem. O Holocausto, diz Agamben em O que resta de Auschwitz, complexificou o debate: o que seria ético na narrativa pós-trauma e, sobretudo, na crítica dessa narrativa?
 
E eis que as escritas de si, como a autoficção, decidem se arvorar o papel de vanguarda sem limites, revisitando movimentos literários em seu cerne crítico-teórico para propor, como espaço mesmo do romance, além da indecibilidade de qualquer pacto ou estatuto, um mote cabal: a negação dos limites do que pode a literatura em relação ao mundo real.
 
Quando os rescaldos do pós-estruturalismo na crítica literária torcem o nariz para a ideia de ética no literário, o próprio campo da filosofia se volta à literatura para pensar a relação do homem com o mundo via narrativa (já há quem chame de ethic turn). Rorty e Derrida o fizeram. Martha Nussbaun, em Poetic Justice, ditou o caminho. Paul Ricoeur, em Tempo e Narrativa, após um mergulho na história da filosofia em sua relação com o texto histórico e literário, concluiu: há ética em cada passo narrativo do homem.
 
Barthes também fez um caminho reflexivo que parece ter se pautado pela afirmação, sem enfatuação, de um sujeito que escreve e acredita na escritura como modo de não exercer uma pressão sobre o outro. De O grau zero da escritura à Preparação do romance, tem-se um percurso que inscreve uma ética da delicadeza, da não arrogância e do afeto que, sem decair em qualquer excesso ou histeria, habitaria o espaço da literatura como atividade fundamentalmente perpassada pelo embate entre o ético e pelo estético. E Rancière, d'A Partilha do Sensível ao Politique de la littérature, confirma: entre o poético, estético, e o ético, produz-se ainda — e sempre — o político.
 
Com As Flores do mal e Madame Bovary, Baudelaire e Flaubert sofreram processos porque teriam atentado contra a moral e os bons costumes. Émile Zola foi processado e condenado por se apropriar de uma identidade real para criar um personagem (nada lisonjeiro) de romance. Mais de um século depois, Christine Angot, Lionel Duroy e tantos outros autores (se ficarmos apenas na França) foram processados e condenados por se apropriarem de nomes e histórias de vidas igualmente reais - o que, argumentam uns, destruiu suas vidas. No ataque, a voz da justiça ou do senso-comum: valores morais, respeito à ética. Na defesa: a autonomia estética, inatacável, do literário. Entre literatura e ética, apenas o judiciário. Onde fica a crítica literária nisso?
 
Essa edição de Criação&Crítica convida os pesquisadores a avançar em qualquer ponto desse complexo itinerário, que perpassa o ético, o estético e o político via a literatura e sua crítica. Seria ética a relação de um autor com seus personagens ou dessa literatura com o mundo da leitura? Para uma crítica da literatura em relação à sociedade, há espaço para uma crítica ética da experiência estética do literário, como sugeriria o Lévinas de Ética e Infinito? Como fazê-lo sem aplicar, de forma deletéria, o peso dos saberes do campo da filosofia sobre os estudos literários, campo esse em eterna busca de legitimidade? Ethos, visão de mundo, filosofia moral, o que a literatura traz para a ética e vice-versa? E como a crítica pode fazer uso dessa relação para repensar a literatura?
 
As contribuições devem ser enviadas através do site, de acordo com as normas da revista, até o dia 30 de abril de 2018.
 
A revista aceita artigos em português, francês, espanhol e inglês.
 
Equipe Editorial Revista Criação & Crítica

APPEL À COMMUNICATIONS - XVe Journée de Formation et Rencontres en Français

Dans le cadre de la formation continue des enseignants, les 27 et 28 octobre 2017, l’APFESP, l’USP, l’UNIFESP, le Lycée Français, l’Alliance Française et le Consulat Général de France organisent une Journée de formation, réflexion et partage pour les professeurs de différents contextes d’enseignement de la langue française. Cette rencontre aura lieu le vendredi (27 octobre) à l’USP (Faculté de Lettres, FFLCH) et le samedi (28 octobre) au Lycée Pasteur – Casa Santos Dumont, rue Vergueiro. Des conférences, des communications, des ateliers et des moments de partage d’expériences pédagogiques entre les participants sont prévus. Le programme sera bientôt diffusé.

 

APPEL À COMMUNICATIONS

 

Vous pouvez également présenter une communication, portant sur une recherche ou sur une expérience pratique concernant l’enseignement-apprentissage du FLE. Nous vous invitons à adresser des propositions pour ces communications (20 minutes) à l’adresse apfesp@apfesp.org.br . Utilisez le formulaire en p. j. à cet effet.

 

Les inscriptions des communications sont ouvertes jusqu’au 27 septembre selon le format ci-dessous.

Les résumés ne doivent pas dépasser 300 mots et  doivent comprendre :

  • Titre
  • Nom
  • Affiliation/Institution
  • Résumé contenant : un énoncé clair et explicite de la problématique examinée et du contexte de la recherche ou de l’expérience pratique.

 

Les communications devront être présentées de préférence en français.

Propositions acceptées jusqu’au: lundi 27 septembre 2017

Le résumé doit être envoyé par mail à l’APFESP (apfesp@apfesp.org.br), dans la fiche à ce propos, avec la mention « Proposition de communication pour Les Rencontres en Français » dans le sujet du message.

 

PAIEMENT*

Jusqu’au 07 octobre

Enseignants et public en général

2 jours de formation R$130,00

1 jour de formation R$90,00

Étudiants de la licence/master/doctorat et enseignants du réseau public

2 jours de formation R$90,00

1 jour de formation R$60,00

 

*Pour effectuer le paiement, veuillez envoyer un mail à apfesp@apfesp.org.br en demandant les coordonnées bancaires.